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Inhotim, em BH – para que a realidade não nos destrua

Parafraseando o filósofo Heráclito, tal como na fábula do rio, o mesmo homem também não consegue ir duas vezes à Inhotim-MG, em Brumadinho.

Na segunda visita o museu não será o mesmo, tampouco o camarada, que descobre sempre novas formas de circular pelas 23 galerias e interagir com as milhares de obras de arte espalhadas pelo complexo museológico ao ar livre.

Visitar o Museu Inhotim, pertinho de Belo Horizonte, é uma mistura de relaxamento, inquietação, ideias, emoções e sensações.

O que ver em Inhotim, Brumadinho

Inhotim Brumadinho

Uma obra onde o silêncio nos faz ouvir o “Som da Terra”…

Para começar, a obra mais inquietante sob o meu ponto de vista é o Sonic Pavilion, do artista Doug Aitken, que instalou microfones num buraco de 200 metros de profundidade para captar o som da Terra.

É um lugar de contemplação e meditação. Certamente, eu iria de novo apenas para passar mais algumas horas ali, ouvindo a eufonia de urros e sussurros, cantos e ruídos desta instalação fantasmagórica.

Inhotim Brumadinho

Desvio para o vermelho, uma das obras que chama bastante atenção

Um espaço diferente que despertou meu interesse em Inhotim, Brumadinho, foi a instalação Desvio para o vermelho, do artista brasileiro Cildo Meireles.

Desse modo, dividida em três ambientes, onde tudo está “manchado” de vermelho, ao interagir com a obra, sentimos as mais variadas sensações. Vale a pena ler a resenha publicada no blog GV Cult do UOL.

Cildo Meireles Glove Trotter

Glove Trotter, outra obra do artista carioca Cildo Meireles no Inhotim, Brumadinho.

Igualmente, uma outra peça do mesmo artista também chama a atenção no Inhotim, Brumadinho. O título da obra alude ao globetrotter, alguém que viaja pelo mundo. Entretanto, na minha leitura, preso à antiguidade e míope com a inversão de valores.

Parque Inhotim, a 50 km de BH

Marilá Dardot Inhotim

Muita Viagem na obra da artista Marilá Dardot, em Inhotim, Brumadinho (MG).

Ainda, uma das atrações imperdíveis é A origem da obra de arte, de Marilá Dardot. A instalação é composta de centenas de vasos de cerâmica no formato de letras. Alí, nos jardins do Inhotim, Brumadinho, o público tem à disposição sementes, terra e itens de jardinagem para que faça suas próprias intervenções num amplo espaço verde do instituto.

O intuito é soltar a imaginação, semear arte e plantar ideias.

Adriana Varejão Inhotim

Linda do Rosário, Adriana Varejão, exposta no Inhotim, Brumadinho (MG).

Ainda cito como destaque a brasileira Adriana Varejão, com a obra Linda do Rosário, inspirada no desabamento do hotel homônimo, no RJ.

Fotos Claudia Andujar

Galeria da fotógrafa Claudia Andujar, em um dos pavilhões patrocinados

E, por fim, ou apenas ainda um começo, insuflo a galeria com as fotos da fotógrafa Claudia Andujar. São mais de 400 fotografias expostas em um dos maiores pavilhões do museu.

A lista de artistas e obras, no entanto, é tão extensa quanto o parque. Carroll Dunham, Chris Burden, Yayoi Kusama, Tunga, Helio Oiticica, Miguel Rio Branco e Matthew Barney são apenas alguns dos ícones da arte contemporânea com obras expostas no Instituto Inhotim, em Brumadinho (MG).

Por fim, o spoiler das obras termina aqui. A seguir, dicas para visitar o museu.

Dicas para visitar Inhotim, Brumadinho

A área total do complexo Inhotim, em Brumadinho, é de 140 hectares. Desse modo, para conhecer o museu são necessários alguns dias de visita. O parque é imenso e as atrações são inúmeras. É um passeio que exige esforço físico e mental.

É como tentar conhecer o Louvre, em Paris. Você observa uma faceta do museu, mas jamais conseguirá sair dali fazendo todo o roteiro. Aliás, com esta perspectiva você não foge do inevitável, e torna cada visita uma experiência única.

parque Brumadinho

O Instituto Inhotim, em Brumadinho, apenas 60 km de BH

Por isso, a sugestão é reservar de dois a três dias para conhecer “quase tudo” sem que fique muito puxado. Para os aventureiros, a dica é acrescentar outros 2 dias para conhecer as cachoeiras da região. Existe um aplicativo da Estrada Real com mapas e roteiros para chegar nas cachoeiras em Brumadinho, a cidade possui belas trilhas.

Carrinhos circulares

Ao chegar na entrada do Inhotim, você deverá decidir se irá pagar pelo transporte dentro do museu (carrinhos circulares), alugar um carrinho privativo ou simplesmente caminhar.

É possível fazer os roteiros a pé, mas levará mais tempo e será exaustivo. A recomendação é pagar pela utilização dos carrinhos que circulam entre os pavilhões. Deste modo, você chega mais rápido nas obras que deseja ver, pulando algumas sem ter que andar muito.

Roteiros pelo Inhotim

Existem três traçados — o amarelo, o laranja e o rosa, cada qual com dezenas de atrações. Contudo, há sempre algumas obras imperdíveis que devem ser incluídas dentro de cada pavilhão. Para quem tem apenas um dia para conhecer Inhotim, o carrinho é essencial.

Já quem gosta de ouvir explicações ao longo da visita, a programação do parque oferece o serviço de monitoria. São roteiros temáticos e educativos sobre arte, arquitetura, mudança do clima e biodiversidade no planeta. É necessário agendar com antecedência no site do Instituto Inhotim.

Onde comer no Inhotim

Não é permitido entrar com alimentos ou bebidas. Dentro do parque há restaurantes. O Oiticica é o mais barato com self service. Já o sofisticado Tamboril tem buffet livre um pouco mais caro. Já uma opção mais em conta são os cafés. Recomendo o Café Teatro, ao lado do Teatro Inhotim.

Para facilitar a localização do visitante, foi lançado recentemente o aplicativo do Instituto Inhotim, com mapa, rotas e informações sobre as obras.

piscina inhotim

É possível entrar nas piscinas de algumas obras

Por fim, vista-se com roupas e calçados confortáveis, chapéu e leve protetor solar e roupa de banho, pois é possível entrar nas piscinas que compõem algumas instalações.

Como chegar em Inhotim, Minas Gerais

O Instituto Inhotim está localizado em Brumadinho, Minas Gerais, a 60 km de Belo Horizonte. Com acesso pelo km 500 da BR-381, sentido Belo Horizonte-São Paulo, ou pela BR-040, sentido Belo Horizonte-Rio de Janeiro.

Assim, o local irá completar 17 anos em 2023, e já recebeu mais de 3 milhões de visitantes desde 2006. Com horário de funcionamento de terças, quartas, quintas e sextas-feiras, das 9h30 às 16h30; sábados, domingos e feriados, das 9h30 às 17h30.

No entanto, é mais barato visitar o museu Inhotim durante a semana. O preço do ingresso de quarta a domingo custa a partir de R$ 22,00; e crianças de até cinco anos não pagam. A última sexta-feira de cada mês terá entrada gratuita, exceto feriados.

Por fim, para quem puder visitar o Inhotim em mais de um dia, os passaportes podem ser uma opção com preços mais atrativos. Dentro do museu, o transporte em carrinhos circulares podem ser contratados por um valor adicional.

Onde ficar?

Fique no hotel Ville de Montagne, bem no centro de Brumadinho. Há suítes para casal, aconchego e pessoas simpáticas para interagir.

Reabertura do Museu

Entenda como será o funcionamento

Os ingressos precisam ser retirados on-line, via Sympla, com antecedência. Até que a situação estabeleça patamares mais seguros, não serão permitidos grupos no formato de excursões, em vans ou ônibus de turismo. As visitas educativas serão feitas seguindo todas as medidas segurança, como redução do número de participantes (de 20 para 5), priorização de espaços abertos e troca de uniforme dos mediadores após o atendimento.

Aliás, o uso de máscara continua obrigatório. É muito importante que o visitante acesse as novas normas antes de sua visita para entender especificações como funcionamento dos pontos de alimentação, circulação e transporte interno, galerias que estarão disponíveis e capacidade de público em cada uma delas.

Em síntese, para obter mais informações, além do site do Inhotim o público pode ligar para a central de atendimento: (31) 3571-9700.

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Distância de Belo Horizonte

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