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Uma síntese do país via as 200 maiores cidades

Por  Thiago Patah

Uruguaiana, RS. Que não faz fronteira com o Uruguai. Rondonópolis, MT. Que não fica em Rondônia. Santa Bárbara d’Oeste, SP. Cujo nome deriva de Santa Bárbara, MG. Que nem na lista está. As 200 maiores cidades do Brasil em roteiros de viagens baratas.

Uma vida sem metas é desoladora, porém uma vida estritamente baseada por metas beira o TOC – Transtorno Obsessivo Compulsivo. Ainda que inconscientemente, todo viajante tem metas. Assim, a primeira meta era conhecer todos as capitais e Estados brasileiros até os 30 anos, meta atingida um mês antes do prazo, em Boa Vista, Roraima.

As maiores cidades do Brasil

Meta atingida, novas metas estabelecidas. Dessa vez, até os 35. Meta 1: todos países e capitais da América do Sul. Ainda não tem blog. Meta 2: as 200 maiores cidades do Brasil. Surge o Projeto200.

Das poucas cidades vividas, como Rio Claro, SP (nº 138), à única capital brasileira acima da linha do Equador, Boa Vista, RR (nº 100). Dos royalties do petróleo em Macaé, RJ (nº 162) à falta de identidade típica de cidade de região metropolitana em Cariacica, ES (nº 60). Da religiosidade de Juazeiro do Norte, CE (nº 101) ao paganismo de Magé, RJ (nº 106). Uma síntese do Brasil por meio de seus municípios.

A cidade não para e nem sempre a cidade só cresce. Em 1910, Caratinga, MG, era a 8ª maior cidade do Brasil. Atualmente, tem menos de 100 mil habitantes. Em 1920, Bom Jardim, PE era o 15º maior município do país. Em 2010, tinha menos de 50 mil habitantes.

Ascensão e queda não ocorrem exclusivamente em Impérios. Gigante pela própria natureza. Em muitos países um blog assim não seria possível. Em dezenas de países o número de municípios é inferior a 200. No Brasil, há 5.565 municípios. Em outras nações a duzentésima cidade tem população ínfima. Jaú, SP,  a cidade de número 200, tinha 123.374 nas estimativas do Censo de 2007.

Conheça o Projeto200

É clichê mas é verdade. Quanto mais se conhece, mais é preciso conhecer. Sem pesquisa e sem clubes de vantagens (sendo os amigos o maior deles) não se chega a lugar algum.

A eterna busca pela inesgotável vontade de ir a uma cidade pela primeira vez: o viajante contemporâneo que nunca pisa na mesma avenida mais de uma vez (que opõe-se ao homem de Buda que nunca entrava no mesmo rio duas vezes).

Cidades turísticas. Cidades inquietas. Cidades que demandam uma vida para que se entenda sua lógica. Cidades que em uma única vez tem-se a impressão de conhecê-la em sua totalidade. Nenhuma cidade que não mereça ao menos uma visita.

Expedição Amyr Klink

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