Salvador, capital da Bahia, lida com desafios sérios ligados à violência armada em vários bairros. Dados recentes mostram que muitos bairros da cidade registraram tiroteios, o que deixa moradores e autoridades bastante preocupados.
Os bairros mais perigosos de Salvador em 2025 são Tancredo Neves, Lobato, Mussurunga, Federação e Fazenda Coutos, com altos números de tiroteios, feridos e mortos.

A violência marca presença nessas regiões, onde trocas de tiros acontecem com frequência e mudam a rotina de quem mora ali. Facções criminosas e a letalidade das ações policiais acabam agravando esse cenário complicado.
Quando a gente entende o que acontece nessas áreas, fica mais fácil se proteger e buscar alternativas. Não é só sobre segurança pública, mas também sobre questões sociais que afetam Salvador e a Bahia inteira.
Se você mora, visita ou pensa em conhecer Salvador, saber onde a violência é mais alta faz diferença pra sua segurança. A realidade desses bairros mostra um problema maior, que vai muito além da polícia.
Lista dos Bairros Mais Perigosos de Salvador em 2025

Salvador sofre com alta incidência de violência armada em muitos bairros. Vários lugares enfrentam trocas de tiro frequentes e outros tipos de ocorrência violenta.
Esses bairros acumulam números altos de tiroteios, feridos e mortes, o que mexe com a segurança da população local e da Região Metropolitana.
Beiru/Tancredo Neves
Tancredo Neves lidera o ranking dos bairros mais violentos de Salvador, com 29 tiroteios só até agosto de 2025. A maioria desses episódios rolou durante operações policiais, mas também houve confrontos entre criminosos.
O bairro teve 9 mortes e 5 pessoas feridas por causa da violência armada. Beiru e Tancredo Neves juntos sofrem com vulnerabilidade social, o que só piora a situação.
O tráfico de drogas e a disputa por territórios deixam os índices criminais ainda mais altos por lá.
Lobato
Lobato aparece logo atrás, com 27 tiroteios registrados. Foram 23 mortes e 6 feridos.
Assim como em Tancredo Neves, muitos tiroteios aconteceram durante operações ou ações policiais. A região vive um quadro preocupante de segurança pública, com problemas estruturais como falta de oportunidades e redes sociais frágeis.
Lobato está entre as áreas que mais tiram o sono das autoridades por causa dessa escalada de violência.
Mussurunga
Mussurunga registrou 25 tiroteios em 2025, com 16 mortos e 4 feridos. Esse número alto mostra o quanto os conflitos armados são graves no bairro.
Por lá, tanto as disputas internas quanto os confrontos com a polícia são comuns. O índice de violência em Mussurunga está entre os piores da cidade, trazendo desafios enormes para moradores e forças de segurança.
A região, como outras na periferia, vive um ciclo de violência que parece não ter fim.
Federação
No bairro Federação, a contagem foi de 24 episódios de tiros, com 12 mortos e 7 feridos. Metade dessas situações veio de ações policiais.
A violência ali é intensa, mostrando como os conflitos entre grupos criminosos são complexos. Federação virou área estratégica para o crime organizado, e isso aparece nos dados de violência armada.
Quem mora ali vive sob risco constante, e a segurança pública tenta, como pode, reduzir esses números.
Fazenda Coutos
Fazenda Coutos ficou em quinto lugar entre os bairros mais violentos, com 23 tiroteios, que resultaram em 23 mortes e 8 feridos. Apesar de ter números parecidos com Lobato, a taxa de mortalidade é ainda maior.
O bairro vem aparecendo direto nos registros do Instituto Fogo Cruzado por causa das trocas de tiros. Fazenda Coutos está entre as áreas mais críticas de Salvador quando o assunto é segurança pública e violência armada.
Principais Fatores da Violência nos Bairros
A violência em Salvador nasce de vários fatores que se misturam e aumentam os riscos nas comunidades. Disputas pelo comando do crime, ações policiais agressivas, problemas sociais e o tráfico de drogas criam o cenário de tiroteios e mortes.
Guerra de facções criminosas
O controle do tráfico nas favelas de Salvador envolve principalmente grupos como o Bonde do Maluco (BDM) e o Comando Vermelho (CV). Essas facções brigam território por território, o que gera confrontos violentos o tempo todo.
Esse tipo de guerra atinge diretamente quem mora nos bairros mais perigosos, como Tancredo Neves e Lobato. Nesses lugares, tiroteios viraram rotina.
O enfrentamento não pega só os rivais, mas também inocentes, por causa das balas perdidas e do medo que fica no ar. Com mais de 14 grupos brigando pelo domínio, a fragmentação das facções só piora a violência e dificulta qualquer controle.
Ações policiais e trocas de tiros
Desde 2022, a polícia de Salvador ficou conhecida como a mais letal do Brasil, e isso pesa nas estatísticas de tiroteios. Em 2025, 42% dos tiroteios rolaram durante operações policiais.
Essas intervenções, geralmente agressivas, aumentam o número de mortes e feridos, principalmente em bairros do Subúrbio, como Periperi. Tais ações acabam alimentando o ciclo de violência, gerando reações de facções e moradores.
A letalidade alta da polícia também vira alvo de críticas sobre direitos humanos e estratégias de segurança, principalmente nas áreas mais vulneráveis.
Desigualdade social e vulnerabilidade
Pobreza e falta de oportunidades criam um campo fértil para o crime nas favelas de Salvador. Bairros com mais desemprego e renda baixa acabam concentrando a violência.
Sem infraestrutura, educação e serviços básicos, certas áreas ficam mais expostas à influência das facções. A desigualdade alimenta esse ciclo, já que moradores buscam alternativas para sobreviver, muitas vezes entrando no crime.
Essa realidade social só aumenta a violência urbana, pressionando políticas públicas a irem além da repressão.
Tráfico de drogas
O tráfico de drogas, sem dúvidas, é o principal combustível da violência armada nas comunidades. Quem controla esse comércio ilegal ganha poder e dinheiro.
Nas áreas mais violentas de Salvador, como Fazenda Grande do Retiro e Paripe, o tráfico domina como principal atividade criminosa. A disputa por rotas e pontos de venda leva a tiroteios frequentes.
O controle do tráfico bagunça a vida dos moradores, trazendo uma sensação constante de insegurança e derrubando a qualidade de vida nessas regiões.
Impactos da Violência para Moradores e Visitantes
A violência nas áreas mais perigosas de Salvador mexe diretamente com a vida de quem mora ou visita a cidade. Ela muda hábitos, limita a circulação e aumenta a sensação de insegurança.
Esses impactos variam bastante, dependendo do perfil das vítimas e do tipo de crime mais comum em cada bairro.
Perfil das vítimas
As vítimas da violência em Salvador costumam ser jovens, principalmente homens entre 15 e 34 anos. Muitos moradores de bairros como São Caetano, Fazenda Grande do Retiro e Brotas sofrem com homicídios e tiroteios.
Mulheres, mesmo sendo menos alvo de mortes, enfrentam assaltos e violência doméstica. Idosos e crianças também correm riscos indiretos, por serem parte vulnerável da comunidade.
Em áreas como Pelourinho e Bairro da Paz, onde o comércio é forte, trabalhadores locais lidam com roubos e furtos o tempo todo.
Riscos para turistas
Turistas que passam por lugares famosos como Barra, Rio Vermelho e Ondina encaram principalmente assaltos na orla, principalmente à noite. Pontos turísticos viraram alvos fáceis para quem quer furtar celulares e carteiras.
O risco aumenta pra quem não conhece a região ou circula em horários e lugares pouco movimentados. Evitar ruas desertas nesses bairros e ficar de olho nos pertences já ajuda a reduzir roubos.
Crimes mais recorrentes
Os crimes mais comuns nesses bairros são assaltos à mão armada, tiroteios entre facções e tráfico de drogas. Em São Caetano e Sussuarana, os confrontos armados lideram as ocorrências.
Furtos em comércios, especialmente em áreas turísticas como Pelourinho, acontecem com frequência. A violência armada faz com que menos gente circule nas ruas, prejudicando até o comércio local.
Consequências para a comunidade
A violência cria um medo constante, fazendo moradores evitarem sair à noite e ficarem mais presos em casa. Isso atrapalha a convivência e o comércio em bairros como Fazenda Grande do Retiro e Bairro da Paz.
Além do impacto psicológico, a vida cotidiana sofre com a desvalorização dos imóveis e perda de investimentos. Escolas e serviços públicos acabam sobrecarregados, o que derruba a qualidade de vida.
A sensação de insegurança dificulta a integração das comunidades e ainda aumenta a desigualdade social.
Comparativo: Bairros Perigosos, Seguros e de Classe Média
Salvador tem uma variedade enorme de bairros, cada um com seu nível de segurança e perfil socioeconômico. Algumas áreas são marcadas pela violência, enquanto outras se destacam pela qualidade de vida.
Também vale lembrar dos bairros de classe média, que equilibram custo e infraestrutura.
Bairros mais seguros de Salvador
Bairros como Graça, Vitória e Caminho das Árvores são considerados alguns dos mais seguros da cidade. Esses lugares têm índices baixos de violência e recebem mais investimentos em segurança privada, o que atrai quem quer tranquilidade.
Áreas como Pituba também aparecem entre as opções mais seguras, misturando comércio forte e serviços com uma sensação maior de segurança no dia a dia.
Além disso, bairros como Alphaville e Jardim Apipema ficaram conhecidos pelos condomínios fechados, trazendo uma camada extra de proteção e segurança residencial.
Áreas de classe média e nobre
Bairros como Itapuã, Piatã e Imbuí estão entre as principais áreas de classe média em Salvador. Eles contam com uma infraestrutura razoável e serviços públicos e privados que a maioria das pessoas consegue acessar.
A convivência nesses bairros costuma ser relativamente tranquila. Tem quem diga que o equilíbrio entre opções de lazer, escolas e comércio faz valer o custo-benefício, principalmente para famílias que não querem arcar com os preços mais altos dos bairros nobres.
Nos bairros mais nobres, tipo Graça e Vitória, você encontra imóveis de alto padrão. Restaurantes e centros comerciais por lá reforçam aquele perfil mais elevado, tanto social quanto financeiro.
Favelas com maior população
Em Salvador, as favelas em regiões como Fazenda Grande do Retiro e Tancredo Neves têm uma densidade populacional altíssima. Não é à toa que esses locais aparecem no ranking dos mais violentos, já que os confrontos acontecem com frequência e os desafios socioeconômicos só aumentam.
A gente também encontra muita gente vivendo em comunidades informais como Lobato e Valéria. Nesses bairros, a infraestrutura é precária e quase não existem serviços públicos, o que deixa o acesso às condições básicas de vida bem complicado.
Mesmo com todas essas dificuldades, essas favelas mostram uma dinâmica única. Tem uma organização local forte, sabe, e grupos sociais superativos que realmente tentam buscar melhorias.
