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Paris oferece inúmeros passeios culturais | - foto Marina Kuzuyaba

Pós graduação na França: dicas para estudar na Europa

Neste texto temos dicas para quem pretente fazer um curso de pós graduação na Frrança e estudar na Europa.

Para começar, se você tem planos de fazer uma pós-graduação ou especialização no exterior, a França é uma excelente opção. O país oferece uma série de benefícios para os estudantes estrangeiros e conta um número cada vez maior de cursos em inglês, o que torna a candidatura às suas universidades menos restritiva.

O ponto de partida é a escolha do curso (ou dos cursos, já que você pode se candidatar a vários). Sem dúvida, essa é a parte mais cansativa do processo, já que você terá de ler e pesquisar bastante antes de tomar qualquer decisão.

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Primeiras dicas para estudar na Europa

A maneira mais confiável e prática de buscar informações é acessando o site do Campus France, instituição mantida pelos Ministérios de Educação e de Relações Exteriores da França. Aliás, a pesquisa pode ser feita de vários modos: por diploma (Licence, Master, Doctorat, cursos de curta duração, formações em inglês etc.), por área, por palavra-chave ou por região.

Para cada uma das formações disponíveis na seleção, você encontrará dados sobre o programa acadêmico, links para os sites das instituições de ensino, custos (valor da inscrição ou do curso, se for uma universidade paga), duração, requisitos e prazos de inscrição.

Sistema de ensino francês

Antes de prosseguir com a busca, é importante esclarecer algumas particularidades do sistema de ensino francês. Na França, as graduações (Licence) duram três anos, geralmente, enquanto os mestrados (Master) de um a dois anos e o Doutorado (Doctorat), dois anos.

Os dois anos do Master são independentes. Você pode fazê-los em instituições diferentes e até em áreas diferentes, desde que haja pontos em comum, naturalmente. E mesmo se decidir continuar na mesma universidade e no mesmo curso, terá que se candidatar novamente.

Portanto, você certamente encontrará em sua pesquisa programas de M1 (o primeiro ano do Master) e de M2. Também é quase certo que você se deparará com informações do tipo “Bac+3” ou “Bac+4” na lista dos requisitos.

Bac é o diminutivo de “baccalauréat”, diploma obtido após a conclusão do ensino médio, e os números se referem aos anos de estudo após a obtenção do tal diploma.

Para o M2, as universidades geralmente pedem Bac+4. Isso quer dizer que se você fez uma graduação de quatro anos, como é o mais comum no Brasil, você pode se candidatar diretamente ao segundo ano do Master.

Museus ajudam estudar

Além disso, fazer um mestrado na França não quer dizer necessariamente que você vai realizar pesquisas acadêmicas e produzir uma tese ao final.

Sendo assim, muitos programas consistem na realização de projetos práticos voltados para o mercado de trabalho (pelo menos na intenção).

O Museu do Louvre possibilita uma imersão no mundo das artes | Pixabay

Assim, outra diferença considerável é a faixa etária dos alunos da pós-graduação. Como eles geralmente fazem o mestrado na sequência da graduação, você provavelmente estudará com pessoas de 22, 23 anos.

São também jovens com pouca ou nenhuma experiência profissional, já que muitas universidades demandam dos alunos disponibilidade integral de horário (especialmente as localizadas fora dos grandes centros, como Paris, Lyon e Marselha).

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Candidatura para estudar na Europa

Feita a escolha dos cursos, você deverá preparar um dossiê de candidatura. Essa etapa é feita via Campus France, que faz a intermediação com as universidades (muitas delas só aceitam candidaturas por esse canal). Mas se a formação for em inglês, pode ser que a instituição de ensino gerencie o processo diretamente com você.

Seja qual for o caminho, a papelada é enorme, então programe-se com antecedência para cumprir os prazos. O ano letivo começa em setembro, mas você deverá ter feito sua candidatura até março, no máximo.

O dossiê consiste no envio de “provas” de suas competências acadêmicas e profissionais. Ou seja, seus diplomas (se tiver mais de um), certificados de participação em cursos, certificados de proficiências em língua estrangeira (Toefl e Ielts para inglês e Dalf para o francês), cartas de recomendação (em francês ou inglês), currículo e carta de apresentação. Além, é claro, de documentos como certidão de nascimento e passaporte brasileiro.

Tudo isso traduzido por tradutores juramentados, que além de cobrarem caro pelo serviço, trabalham com prazos mais longos do que gostaríamos.

Você também deverá pagar uma taxa ao Campus France e passar por uma entrevista, geralmente realizada em uma das unidades da Aliança Francesa, rede de escolas de francês. A entrevista pretende verificar suas intenções, seus projetos de estudos e a consistência de suas escolhas.

Tenha uma boa resposta pronta sobre por que você optou por tais cursos e tais universidades para estudar na Europa.

Assim, se a candidatura for feita sem o intermédio do Campus France, é possível que seja solicitada a realização de uma entrevista por Skype. Os prazos também podem variar. As universidades respondem até julho, no máximo.

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Preparativos da viagem

Com o aceite da universidade, você deverá solicitar um visto de estudos e cuidar dos demais preparativos. Encontrar moradia à distância é um processo complicado por uma série de razões, principalmente quando você não conhece a cidade, não tem nenhum colega e não tem disponibilidade para ligar e manter contato com os proprietários ou quem quer que seja.

Uma solução pode ser ficar hospedado em um albergue ou flat enquanto você não encontra nada definitivo.

Na França, assim como no Brasil, as imobiliárias pedem um fiador para os contratos de aluguel.

Considerando que vai ser muito difícil encontrar alguém disposto a assumir esse papel, já parta em busca de outras opções, que são as residências estudantis (mais caras, porém com melhor infraestrutura e boa localização) e as “colocations”, que se referem a imóveis já ocupados, mas por pessoas dispostas a compartilhá-lo.

Nessa modalidade de aluguel, você pode encontrar tanto quartos como partes inteiras de uma casa com entrada independente e privacidade. Os preços variam, com taxas incluídas (gás, eletricidade e internet).

Custos de vida na França

A maior vantagem de estudar da França – sem falar aqui de aspectos culturais, localização geográfica etc. – é, sem dúvida, o fato de a maioria das universidades serem públicas. O estudante paga uma taxa anual e mais nada. E isso vale para os estudantes estrangeiros.

Além disso, a França possui um amplo sistema público de saúde ao qual todos os residentes têm acesso, incluindo os não-franceses que estão em situação legal no país.

Até os 26 anos, a adesão ao sistema é feita via universidade a um valor fixo anual. Acima dessa idade, você deverá apresentar sua declaração de imposto de renda para que seja calculada a sua contribuição.

Quanto aos gastos além do aluguel, contabilize supermercado, alimentação (nos restaurantes universitários, uma refeição completa é barata), transporte público e lazer. Sendo bem econômico, fazendo muitos piqueniques e festas em casa não se gasta muito.

Contudo, dependendo da sua condição financeira, você ainda pode obter do governo francês um auxílio moradia. Para fazer uma estimativa e solicitar o benefício, acesse o site da Caf, a instituição responsável por esse serviço.

Por fim, para não errar na próxima viagem de intercâmbio, confira todo nosso conteúdo, com dicas de viagens, passeios, roteiros e hotéis. Assim, viaje com os relatos de quem realmente entende de turismo e esteve no local. Tire dúvidas, troque ideias e experiências.

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