Descubra a cidade perdida dos Incas, a história de Machu Picchu, como chegar lá via Águas Calientes e explorar as belezas naturais e toda a arqueologia da civilização e Império Inca – Peru.
Antes de começar, para ir a Machu Picchu, escolhi um dos jeitos mais baratos para chegar na chamada cidade perdida dos incas, uma das 7 Maravilhas do Mundo: vale a pena um tour de três dias (duas noites) a partir de Cusco, a capital histórica do Peru.
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Como chegar em Machu Picchu
O tour de três dias para Machu Picchu de carro sai de Cusco pela manhã, para para o almoço e chega na Hidrelétrica de Santa Tereza no começo da tarde. De lá, a opção de caminhar até Águas Calientes ou pegar o trem. A trilha até Machupicchu Pueblo demora de duas a três horas e é bem tranquila.
Você caminha ao lado do rio e do trilho de trem pela trilha da hidrelétrica e as paisagens são bem bonitas. Não vale a pena só pela economia da passagem de trem: é um passeio que vale a pena incluir no roteiro até Machu Picchu.

A partir de Aguas Calientes, chegamos a Machu Picchu, a cidade perdida dos Incas.
Águas Calientes
Ao chegar em Águas Calientes, encontrei o guia, juntamos o grupo e fomos para o hotel, que estava incluído no preço do pacote para Machu Picchu. No hotel, jantamos comida típica da região do Peru e conversamos um pouco sobre a história de Machu Picchu, o guia dá algumas dicas, fala das opções e dos horários para voltar para quem está no tour de dois dias.
Dormimos (o quarto não é coletivo, mas você vai, provavelmente, dividir o quarto no hotel em Águas Calientes com outra pessoa do tour) e de manhã cedo acordamos bem cedo para ir a Machu Picchu. O café da manhã também estava incluído no passeio.
Já pela manhã bem cedo, às 5h15, já estava no ponto de ônibus que sai de Águas Calientes e vai até Machu Picchu. A fila é bem grande, então chegue cedo e compre o bilhete de ônibus no dia anterior.
Entrada em Machu Picchu
O ônibus demora para subir, é uma estrada íngreme em zigue-zague. Para entrar em Machu Picchu, além do ingresso nas ruínas, é preciso apresentar o passaporte, pois o bilhete para Machu Picchu é vinculado ao seu nome (você pode sair e entrar no parque, que não tem banheiro dentro e não é permitido comer na área protegida).
Dica local: o ideal é chegar bem cedo, para ver o sol nascer e aproveitar a manhã sem tanta gente (o parque fica lotado, com fila para tirar fotos de Machu Picchu nos lugares mais populares). A volta par Águas Calientes é independente: dá para descer de ônibus ou pela trilha. Fui pela trilha, demorei uns 40 minutos (ando rápido e estava bem preparado, mesmo descer não é tão fácil).
Vale lembrar que o jantar não estaca incluído no pacote de três dias para Machu Picchu. No outro dia, pela manhã, a volta é de van, mais 6 ou 7 horas. Eu desisti e voltei de trem por conta até Ollanta. Bem mais rápido e confortável, com paisagens incríveis.
Trilhas na cidade Inca de Machu Picchu

Ollantaytambo é um bom aquecimento antes de Machu Picchu
Este tour de três dias para Machu Picchu é uma das formas mais baratas para ir até a Maravilha do Mundo. Agendei um dia antes de partir. Estava incluído: van de ida e volta até a Hidrelétrica de Santa Tereza, almoço na ida, janta na ida, café da manhã e entrada em Machu Picchu. É barato de verdade, mas bem cansativo.
O tour de três dias de carro fica mais barato do que, por exemplo, ir e voltar por conta própria no trem Machu Picchu – Cusco (Ollantaytambo).
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Qual o jeito mais barato de ir para Machu Picchu
Como disse no relato acima, os mochileiros que querem economizar de verdade tem uma opção incrível, que não fiz por estar mochilando sozinho: ir a pé, margeando o rio e o trilho de trem, de Ollanta até Águas Calientes. A trilha é feita em cerca de 10 horas e, acredite, muita gente embarca nesta aventura.
Existem algumas opções parecidas com esse tour de três dias e todos os pacotes tem mais ou menos o mesmo preço: há tours de um dia para Machu Picchu a partir de Cusco e há tours de dois dias (uma noite). Já no passeio de dois dias para Machu Picchu, o retorno é no mesmo dia em que você conhece a cidade inca. Pela manhã o turista visita Machu Picchu e o retorno é depois do almoço.
Normalmente, as pessoas pegam trem para ir de Águas Calientes até a hidrelétrica, para não fazer a trilha de volta e passar mais tempo em Machu Picchu, para depois embarcar na infernal viagem de van de volta. Sugiro pensar seriamente em pagar o dobro e voltar direto para Ollanta de trem.
Trilhas na viagem para Machu Picchu
A trilha mais famosa é a Inka Trail, ou caminho inca. Para quem gosta de história e arqueologia, é a mais indicada. Sabe a trilha para Machu Picchu que tem que agendar com antecedência? É essa. Todas as outras trilhas e caminhadas longas podem ser agendadas mais em cima da hora, até mesmo com um ou dois dias antes do início.
As agências sugerem marcar a Inka Trail de quatro a seis meses de antecedência. Existem várias opções de Inka Trail. A mais comum dura quatro dias, com três dias de caminhada e a chegada em Machu Picchu na manhã do quarto dia, pela Porta do Sul.
Entre as atrações do caminho inca para Machu Picchu estão as próprias estradas construídas pelos incas (parte do sistema viário pré-colombiano é Patrimônio Mundial da Humanidade pela Unesco), as ruínas de Llactapata, Runkurakay, Sayacmarca, Phuyupatamarca e Wiñay Wayna, além da rica flora da região –há trechos de floresta até na trilha.
Não é uma trilha fácil. É importante estar acostumado com a altitude: na Inca Trail clássica, o ponto mais alto fica a 4.200 metros.
A melhor época para percorrer o caminho inca é entre maio e setembro, quando o tempo está mais seco. No inverno, faz bastante frio à noite. Junho, julho e agosto é alta temporada em Cusco e Machu Picchu, com muitos europeus e principalmente nesses meses é bom agendar o caminho inca com bastante antecedência.
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Trilha Salkantay e Jungle Trail
Uma alernativa para o caminho inca é a trilha Salkantay, que contorna o pico nevado de mesmo nome. Normalmente a trilha Salkantay demora cinco dias para chegar em Machu Picchu –são quatro noites, a última em Machupicchu Pueblo (Águas Calientes).
A trilha guarda algumas das paisagens mais impressionantes da região nos Andes. Salkantay é considerada a trilha mais difícil para percorrer, com muitas horas de caminhadas todos os dias.
Uma trilha com longas caminhadas nas matas que cobrem os Andes na região entre Cusco e Machu Picchu com aventura, história e cultura, que mistura bicicleta, tirolesa, rafting e outras opções de esportes radicais. A Jungle Trail demora quatro dias e três noites.
A cidade perdida dos Incas
A “cidade perdida dos Incas” reúne diversos templos (do sol, da lua, da Pachamama, a Mãe Terra dos andinos…), residências, postos de observação, sistemas de distribuição e armazenamento de água (que funcionam até hoje!), área agrícola.
Tudo muito preservado, uma vez que a cidade ficou escondida dos estrangeiros até 1911. Seus pedreiros e arquitetos são conhecidos pelo trabalho minucioso de corte, polimento e encaixe das pedras, que produziu construções resistentes ao tempo.
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Quando ir para Machu Picchu
A melhor época para ir para Machu Picchu é entre maio e outubro, na estação seca da região. junho, mês do Inti Raymi, a Festa do Sol e Ano Novo inca é altíssima temporada no Peru e um dos meses mais lotados. Já entre novembro e março, é a temporada de chuvas e está mais calor.
O número de visitantes diários que entram no parque é limitado e é melhor garantir o ingresso com antecedência, principalmente na alta temporada, que vai de maio a setembro. É possível adquiri-lo diretamente no site oficial ou por agências de turismo.
Temperatura e clima em Machu Picchu
De dezembro a março, chove bastante e pode haver dias em que o parque não abre por esse motivo.
Não é permitido entrar em Machu Picchu com comidas e bebidas. Se entrar, pedirão que as consuma fora do parque e, mesmo assim, é bom levar algum suprimento. Há apenas uma lanchonete oficial e a comida é bem cara. Água, chocolate, balas ou chá de coca são bem-vindos. Capas de chuva também.
É possível subir na montanha Wayna Picchu, que fica ao fundo da vista mais famosa da cidade; o limite de visitantes é mais reduzido e é preciso comprar ingresso à parte. Dessa cez, optei pelo pacote completo e agendei minha subida logo às 7 da manhã. Subir o Wayna Picchu não é das tarefas mais fáceis, por suas escadas estreitas, trechos de lama e ar rarefeito.
Para uma pessoa um pouco sedentária como eu, foi um pouco puxada – 1h30 para subir e 50 minutos para descer –, mas vale à pena. (Ou, pelo menos, essa é minha resposta agora que estou em casa, de banho tomado e descansada, contemplando minhas fotos incríveis.)
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Mirante de Wayna Picchu

Machu Picchu vista do alto do Wayna Picchu
As paisagens vistas do alto de Wayna Picchu são lindas e há um silêncio profundo, longe de cidades, automóveis ou animais. O momento da subida pode ser um momento reflexivo e compensador, um rito de superação, talvez. No topo, algumas pessoas aproveitam para meditar.
Depois de visitar o Peru, me peguei perguntando mais de uma vez por que não o fizera antes. Sua história, sua cultura, seu povo, as tramas detalhadas e coloridas de suas roupas não saem da minha imaginação. A devastação espanhola diante da civilização Inca também não. E é triste imaginar tudo que foi perdido.
No Peru, também existem outros destinos interessantes, como a capital Lima ou a cidade de Arequipa, próxima ao Vale do Colca, onde os condores deslizam no ar. Do passado inca, Machu Picchu é mesmo o que há de mais preservado no país e não hesito em dizer que merece mais de uma visita. É um lugar único.
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