Descubra o que fazer em Hamburgo, no norte da Alemanha, especialmente para quem é fã de música e dos Beatles.
Antes de mais nada, não gosto de dizer que sou beatlemaníaca porque o termo adquiriu um caráter um tanto pejorativo (tem muito fã de Beatles chato por aí) mas a verdade é: sou beatlemaníaca. No entanto, eu gosto muito de Beatles, a ponto de passar uma tarde em uma cidade desconhecida visitando pontos que têm a ver com a banda.
É claro que as melhores cidades para se fazer isso são Londres e Liverpool, mas se você gosta de Beatles e estiver na Alemanha não deixe de conhecer Hamburgo.
O que fazer em Hamburgo, norte da Alemanha
Para começar, quem viu o filme Os cinco rapazes de Liverpool sabe: os Beatles (até então com Pete Best no lugar de Ringo Star e ainda com Stuart Stucliffe na banda) fizeram uma série de apresentações e viveram uma vida de sexo e drogas na cidade alemã, de 1960 a 1962.

A avenida Reeperbahn é uma zona boêmia de Hamburgo, na Alemanha.
St. Pauli, em Hamburgo
Todos os pontos de interesse estão na área de St. Pauli, zona boêmia da cidade (uma espécie de Red Light District de Hamburgo), mais especificamente na enorme avenida Reeperbahn. A avenida tem diversas casas de entretenimento adulto e, mesmo que você não esteja muito interessado nelas, é uma área muito interessante pra passear.
Beatles-platz
Continuando pela Reeperbahn, logo chegamos à Beatles-platz (só uma praça pequena com uma boate de strip-tease enorme; ponto B no mapa do roteiro abaixo) e, virando à direita, entramos na rua Grosse Freiheit, pequena mas muito movimentada.
A rua Grosse Freiheit é repleta de pubs, casas de shows, boates e “casas adultas”, e é lá que fica o Kaisekeller, outro dos lugares em que os Beatles tocaram, também em 1960. Hoje ela é uma casa de shows grande, e no dia em que estava lá aproveitei para ver um show do Queens of the Stone Age.
Contudo, o local está reformado e diferente do que era na década de 1960, mas mesmo assim foi emocionante ver um show num lugar onde os Beatles já tocaram. Na mesma rua, do outro lado, um pouco mais pra frente, há o Indra Club, o primeiro lugar em que a banda de Liverpool tocou ao chegar na cidade (ponto D no mapa).
Indra Club

A Indra e a placa no destaque
Hoje é um club de jazz que pareceu bastante interessante. Se eu não tivesse já ingressos para o Kaiserkeller, certamente teria entrado lá. Na porta, há uma plaquinha indicando que em 17 de agosto de 1960 os Beatles adentraram o palco do Indra, em seu primeiro show na Alemanha, e no início de uma carreira de sucesso.
Star Club
Ainda na Grosse Freiheit há o Star Club, onde eles tocaram em 1962. Mas esse eu não consegui achar. Se quiser tentar, é no número 39. Mas o prédio, ao contrário dos demais, não é mais o original da época. Indo ate o fim da Grosse Freiheit e virando a direita, na Paul-Roosen Strasse, o ambiente começa a mudar um pouco e logo estamos em um bairro residencial.
Um pouco mais pra frente, num prédio cinza baixinho, número 39, costumava ser o Bambi Kino – um cinema, cujo dono era o mesmo do clube Indra. Os Beatles moraram nos quartos de cima, em 1960.
Nesse sentido, um episódio famoso que aconteceu no Bambi Kino foi o dia em que Paul McCartney e Pete Best resolveram colocar fogo em uma camisinha pendurada em um prego, para iluminar o local. Foram presos por tentativa de incêndio e deportados para a Inglaterra.
Hoje é um prédio residencial normal. Imagina morar em um lugar onde já moraram Paul McCartney e John Lennon? Eu ia adorar. Há uma plaquinha indicando: “aqui moraram os Beatles” (ponto E no mapa abaixo).
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Prédio onde The Beatles moraram
Na época em que eu fiz este roteiro ainda não existia a exposição permanente chamada Beatlemania a poucos metros da Beatles-platz, onde era o Hamburg Erotic Museum.

O prédio onde moraram os Beatles em Hamburgo, na Alemanha, com placa na porta.
Se você não estiver a fim de andar tudo isso sozinho, há uma excursão chamada Beatles Tour Hamburgo, inspirada na Magical Mistery Tour, que existe em Liverpool há muitos anos. Assim, o passeio, de ônibus, dura duas horas e há outros lugares no percurso. Em resumo, o problema é que o ônibus vai estar cheio de beatlemaniacos. Aliás, alguns deles, bem chatos.
Por Cecília Lara – Formada em Comunicação Social pela Unesp, com mestrado em Literatura pela PUC-SP e especialização em docência pelo Senac. Estudou roteiro na EICTV, em Cuba, e Letras na USP. Desde 2005 faz produção e gestão de projetos culturais e audiovisuais.
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