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A guia era bem preparada e tinha um humor melancólico, foi ótima!

Ingapirca, as maiores ruínas incas nos Andes equatorianos

Conheça a cidade de Ingapirca, onde fica as maiores ruínas incas nos Andes equatorianos.

Descobrimos o destino durante nosso mochilão pela América do Sul. Na pequena Ingapirca, a apenas duas horas de Cuenca, a terceira maior cidade do Equador, se escondem as maiores ruínas incas dos Andes equatorianos.

O que fazer em Ingapirca

De Cusco, o “umbigo do mundo” no Peru, os incas chegaram até o sul da Colômbia –no Equador, restam, aqui e ali, algumas construções e sítios arqueológicos do império que dominou parte da América do Sul.

O Templo do Sol em Ingapirca, as maiores ruínas incas no Equador

O Templo do Sol em Ingapirca, as maiores ruínas incas no Equador

No meu roteiro de mochilão pelo Equador, já tinha subido em vulcões nos Andes, visitados a gigantesca feira indígena de Otavalo, conhecido as praias mais famosas do Equador (em Galápagos e em Montanita), tomado ayahuasca na Amazônia.

O dia que tomei Ayahuasca na Amazônia do Equador

Cheguei despreparado e tive que enfrentar (pouca) chuva e (muito) frio

Cheguei despreparado e tive que enfrentar (pouca) chuva e (muito) frio

Sem sair do pequeno país, em um mês, realizei vários sonhos de viagem, mas ainda faltava caminhar sobre ruínas incas. Em uma manhã boba, depois de tropeçar –e ficar muito entusiasmado– no sítio arqueológico de Todos los Santos, em Cuenca, resolvi rumar para Ingapirca.

Como chegar em Ingapirca, nos Andes do Equador

Quando a ansiedade se mistura com a falta de planejamento em um mochilão, você pode perder o único ônibus direto para uma atração turística. Foi o que aconteceu comigo para ir de Cuenca a Ingapirca.

Existe um ônibus direto, que sai do terminal de ônibus de Cuenca para Ingapirca as 9h da manhã, mas cheguei às 10h30 no terminal e insisti.

Das ruínas incas de Ingapirca dá para ver o povoado de mesmo nome

Das ruínas incas de Ingapirca dá para ver o povoado de mesmo nome

Peguei um ônibus até Cañar (US$ 3,50; cerca de duas horas) e de lá outro até Ingapirca (US$ 1,50; 45 minutos). Como sempre acontece viajando pelo Equador, os carros param a todo momento para um sobe e desce constante de passageiros e vendedores.

Nesse sentido, todo mundo diz que, por segurança, não dá para deixar a mala de mão no bagageiro de cima, é melhor levar no colo. Cheguei no pequeno povoado com o mesmo nome das ruínas inca e desci do ônibus um pouco desanimado, odeio frio.

Estava chovendo e gelado –a temperatura média em Ingapirca, a 3.200 metros de altitude, nos Andes equatorianos, gira em torno de 10 graus, leve blusa! Assim, esperei vendo o movimento de crianças indo e voltado da escola, a apenas 500 metros das ruínas, por quase uma hora, quase desistindo, mas a chuva afinou e eu engrossei.

O que fazer em Mindu

Ingapirca era um lugar cerimonial, sem população fixa

Ingapirca era um lugar cerimonial, sem população fixa

Do mesmo modo, caminhei pela estrada e, conforme chegava mais perto do templo do sol, a construção mais importante das ruínas, o tempo começou a abrir. Isso é um dos pequenos prazeres inexplicáveis de uma viagem de mochilão pela América do Sul: quando um perrengue de viagem se transforma em um presente.

O que fazer em Ingapirca

Neblina, chuva... e de repente o tempo melhorou!

Neblina, chuva… e de repente o tempo melhorou!

A entrada das ruínas me surpreendeu: é um complexo turístico bem estruturado, com várias lojinhas de artesanato e um escritório onde o bilhete para entrar em Ingapirca, com um guia, custa US$ 6 para estrangeiros –equatorianos, como é comum no país, pagam menos.

Outra surpresa foi quando a guia do nosso grupo chegou. Era uma mulher, vestida com o tradicional traje indígena dos Andes equatorianos. Puxei pela memória e foi a primeira vez que participei de um passeio turístico tendo uma mulher como guia (depois, mochilando pelo Peru, encontrei outras).

Templo do Sol – Ingapirca

Uma guia superpreparada e gentil, que nos explicou o que Ingapirca era para os incas: um lugar para rituais, sem uma população fixa. A maior parte do sítio arqueológico no Equador é uma reconstrução, ou seja, resta pouco do original.

Porém, a base do Templo do Sol, a estrela das ruínas, é original e um grande exemplo da fina arte inca para construção: as pedras que sustentam o templo são tão bem talhadas que não foi necessário nenhum tipo de cimento ou argila para as encaixar.

A base do Templo do Sol é original

A base do Templo do Sol é original

O tour guiado pelas ruínas incas de Ingapirca dura entre 45 minutos e 1 hora e acho que vale a pena esperar o guia para conhecer melhor a função das construções e do templo, a história da reconstrução do sítio arqueológico e um pouco da história da presença inca no Equador.

Vale a pena percorrer, por conta, o caminho ao redor das ruínas incas nos Andes

Vale a pena percorrer, por conta, o caminho ao redor das ruínas incas nos Andes

Entre as curiosidades e informações históricas, estão um pouco do conhecimento inca sobre astronomia, irrigação e também um pouco dos hábitos e tradições do império que dominou a América do Sul pré-colombiana. Depois do tour, há um outro caminho, cheio de sobe e desce, na parte de trás do Templo do Sol, que vale a pena fazer.

Ao redor da atração túristica, as pessoas levam a vida no campo

Ao redor da atração túristica, as pessoas levam a vida no campo

O caminho tem meia-dúzia de marcos físicos, como a Face do Inca, uma pedra imensa que, como a foto não deixa mentir, parece um rosto, mas o que mais me impressionou foram as paisagens do vale e das montanhas que circundam o sítio arqueológico nos Andes.

Foto da Face do Inca

Foto da Face do Inca, em Ingapirca – Equador.

É muito lindo!

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