Nesse texto falamos sobre Tuol Sleng, o regime Khmer vermelho e o Museu do Genocídio, em Phnom Phen, no Cambodia.
Continuando a viagem mochilão pelo sudeste asiático, chegou a hora de partir rumo a Phnom Phen, a capital do Camboja após duas noites na homestay em Kampong Cham.
A viagem não podia começar melhor, pois a Kim, dona da homestay, foi comigo para a beira da rodovia, parou o ônibus até Phnom Penh para mim, e deu as instruções para o motorista do local onde eu precisaria descer. E lá fui eu… No entanto, fui recepcionada em Phnom Penh por um trânsito infernal. Carros, scooters carregando quatro pessoas, pedestres e buzinas para todos os lados.
Leia também: O Templo de Angkor Wat, em Siem Reap
Phnom Penh – Camboja
Hotel em Phnom Penh, capital do Camboja
Em seguida, fui direto para o hotel onde havia feito minha reserva. O Hotel Empire Royal, nada demais, mas tinham quarto privado e organizavam vistos para o Vietnam, minha próxima parada.
Apesar da pouca vontade de sair, estava com fome. Encontrei um restaurante pequenininho com comida honesta e barata, e voltei para o hotel. No entanto, não me senti muito segura, uma mulher mochileira, andando sozinha, pelas ruas da capital ao escurecer.
Leia também: Roteiro de mochilão no sudeste asiático
Tuol Sleng – Museu do Genocídio no Camboja

Um dos locais de tortura dos prisioneiros do Regime Khmer Vermelho. É assustador!
Mas depois de um bom banho e uma noite bem dormida, logo cedo já estava de pé, negociando com um tuk tuk para me levar para visitar a prisão S-21 – conhecida também como Tuol Sleng, o museu do genocídio. Veja o endereço com o Google Maps.
A prisão S-21 costumava ser uma escola, que em 1976 foi tomada pelo regime ultra comunista Khmer Vermelho e transformada em um centro de interrogatórios, tortura e execução. Conta-se que cerca de 14 mil pessoas foram presas, acusadas de traição ao regime, e apenas sete delas sobreviveram. Sete!
Aliás, os prisioneiros, entre eles mulheres e crianças, eram torturados e enterrados em grandes valas, todos juntos. É um lugar extremamente triste, com uma carga emocional bem pesada, tanto dentro dos prédios como nos campos onde se pode ver onde os prisioneiros foram enterrados – o chamado Choeung Ek Killing Fields.
Leia também: Roteiro na Bósnia, entre Sarajevo e Mostar
Museu Tuol Sleng

O Museu Tuol Sleng e uma das valas, onde eram enterrados os torturados do regime Khmer.
Em um dos prédios é possível encontrar milhares de fotografias de prisioneiros decorando as paredes, e cada uma delas capaz de tocar a alma de uma maneira diferente. Fora isso, uma das fotos que mais me chocou foi a de uma mãe com um bebê de colo. Em seu olhar, uma mistura de desespero e resignação. Muito sofrimento. E por fim, aceitação…
Portanto, se você pretende visitar Tuol Sleng – a prisão S-21 e Choeung Ek Killing Fields, vale muito a pena ler um pouco sobre a história do Camboja e o regime do ditador Pol Pot, para conseguir entender melhor o genocídio que aconteceu por lá.
Leia também: O que fazer em Berlim, na Alemanha

Alas das prisões onde mulheres e até crianças eram torturadas de forma desumana…
Em resumo, não tive vontade nenhuma de passar mais alguns dias em Phnom Penh. A capital do Camboja é uma cidade barulhenta, com muita sujeira espalhada pelos cantos e muito poluída, caótica e totalmente desordenada. Sendo assim, peguei minha mochila, conferi meu visto para o Vietnam, e pé na estrada novamente!
Para finalizar meu mochilão de três meses no sudeste asiático fui agora, viajar para o Vietnam! Vem comigo, então, descobrir um pouco mais sobre este exótico país e o povo vietnamita!
Roteiro mochilão no sudeste asiático
Por fim, para não errar na próxima viagem internacional, confira todo nosso conteúdo, com dicas de viagens, passeios, roteiros e hotéis. Assim, viaje com os relatos de quem realmente entende de turismo e esteve no local. Tire dúvidas, troque ideias e experiências.
A gente também está no Instagram, YouTube e no TikTok. Acompanhe!