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Mentaliza: vai dar tudo certo!

Ideias estúpidas e relatos engraçados de viagem

Nada como um relato de viagem para rever as experiências e nunca mais repetir o erro (ou não).  Afinal, “A jornada de mil quilômetros começa com um primeiro passo”, disse o sambista chinês Lao Tzu. “E há cascas de banana no caminho”, completou meu amigo Danilo.

Tanto o Dan quanto eu nunca tivemos medo de dar o primeiro passo para uma longa viagem. Nem o segundo. Às vezes, até corremos, pisamos na banana e caímos de cara no chão. Tudo bem. A gente “levanta, sacode a poeira, e dá a volta por cima”, como diz sábio brasileiro Jorge Aragão.

O que vale é que não vamos repetir os erros (mentira) e temos uma lista de ideias estúpidas para ter em viagem para compartilhar com vocês. Assim, pegue um casaquinho porque pode ter friagem, não aceite bebida de estranhos e vem com a gente:

Fazer uma tatuagem em Cusco

Eu saí para comprar meias em Cusco – Peru, e fiz três tatuagens no caminho, confira esse relato de viagem e tire as suas próprias conclusões!

Dica local: seja precavido, e exija materiais descartáveis e verifique o trabalho do tatuador na Internet, que era compatível com o preço (baratinho). Acho que ainda não contei: eu já estava meio abatido por um intestino frouxo, mal-estar físico e a coisa ficou feia na manhã seguinte à sessão de tatuagem. Começa que acordei de ressaca. Não ia perder a balada, némeixmo?

E a tatuagem inflamou, a diarréia desandou e tive febre. Por uns três dias. Talvez eu seja só um pouquinho dramático, mas achei sinceramente que ia morrer em Cusco. O que fica é que eu amo minhas tatuagens, mas o pedaço de pele que inflamou está com traços meio grossos. Quando digo que fiz em Cusco, todo mundo acredita. O problema é que também acreditariam se eu falasse que fiz em Bangu 2.

Fazer tattoo durante uma viagem é uma ideia estúpida

Depois pensei bem, claro que fazer tattoo durante uma viagem é uma ideia estúpida, não precisa de relato de viagem para saber: a tatuagem machuca o corpo e é preciso se recuperar com qualidade, sem sol, sem álcool, sem comidas suspeitas.

Não fui o primeiro a sofrer as consequências de fazer tatuagem em viagem. Aconteceu coisa parecida com a amiga inglesa que fez em La Paz, com um artesão que conheci na Chapada Diamantina e fez em alguma praia do Brasil e com o mochileiro do Equador que ganhou uma tattoo do parça no hostel em Lima.

Como insistir no erro é bobagem e aprendo com as experiências alheias, prometi que nunca mais faço tatuagem em viagem.

Só, talvez, na Califórnia. Ou em Amsterdam. Ou com agulhas de bambus na Tailândia.

PS. Foram três tattoos, conta como três ideias ;)

PS. A Camila, do ótimo blog O Melhor Mês do Ano, foi muito mais esperta com a inspiração de viagem

Largar a mochila no hostel e sair para beber

Baños de Agua Santa vista do alto do Mirante de Bella Vista: entre os Andes e a Amazônia

O hostel é logo ali… relato de viagem do sem noção geográfica.

Se você tivesse tido o trabalho que tive para achar um hostel em Baños, entre os Andes e a Amazônia, entenderia que, depois de largar a mochila em cima da cama, eu precisava de um drinque. E a noite em Baños é uma das mais animadas da América do Sul. E os bares têm drinques incríveis com nomes fabulosos inspirados no Tungurahua, um vulcão em atividade colado à cidade.

Foi uma noite super-divertida, esse é o relato da viagem até a hora de voltar para casa, que ficava em uma rua mais ou menos perto de uma igreja e tinha um portão que… Caramba, eu não lembrava nem a cor do portão do hostel!

Você se sente muito estúpido quando não tem pistas de como voltar para o hostel, está bêbado, na madrugada vazia e gelada de Baños. Já estava conformado em dormir na praça, mas baixou uma luz, lembrei o nome de um hotel do lado do meu que não tinha vaga e achei os últimos bebâdos locais da madrugada para me informar. Cama. Quente.

Ficou com dó? Tudo bem, foram apenas uma ou duas horas procurando onde dormir. Já a tatuagem… estou olhando para ela.

Tentar ficar rico em Las Vegas

Quem quer ficar rico curte aqui

Quem quer ficar rico curte aqui, esse relato de viagem é uma furada!

Ah, Las Vegas… A Cidade do Pecado, com seus hotéis suntuosos, cenário de películas memoráveis como “Se Beber, Não Case”. Claro que o Danilo iria querer voltar rico de lá.

E existe melhor forma de ficar rico sem trabalhar, sem precisar se candidatar a nada, sem nem mesmo gastar uns neurônios no jogo?

O Danilo vislumbrou essa oportunidade e, claro, agarrou: um jogador profissional se ofereceu para emprestar seu talento a nosso amigo brasileiro. Em uma mesa de 21, um entraria com o dinheiro, outro com a habilidade no jogo… adivinha quem levou o cano?

5 águas estranhas que bebi viajando pelo mundo

Que hotel barato, acho que vou pegar um fungo

Economizar em viagem é sempre uma ótima ideia, não é mesmo? Não.

Para economizar, já fiquei em hotéis não muito bons, hospedagens ruins, lugares péssimos e em dois muquifos. Uma vez, tenho uma boa desculpa: eu, minha então namorada e um amigo chegamos no Rio de Janeiro na sexta-feira de Carnaval já no final da noite.

Sem reserva em nenhum lugar, fomos direto ao centro da cidade e, com mochilas, sono, dinheiro contado e Rio lotado, não tínhamos muita flexibilidade. Procura aqui e ali e paramos na Praça Tiradentes, reduto histórico de acompanhantes no Rio de Janeiro –e de hotéis de alta rotatividade.

Um desses hotéis salvou a gente. Era um cenário de filme (de terror). A mulher que nos atendeu estava em trajes sumários. Desconfiamos que ela fazia jornada dupla. Tinha uma marmita com resto de frango no corredor. A luz do quarto, um cubículo no fundo do hotel, estava pendurada por um fio. O piso do banheiro era na diagonal. O vaso não tinha tampa (era daqueles que dá medo de entalar).

Dormimos –ou tentamos– e vazamos pela manhã.

Hotel Ecuador: NÃO

Hotel Ecuador: NÃO

Nunca mais ficaria em um lugar como aquele. Mas aí veio o Equador.

Como antes da minha viagem de cinco meses pela América do Sul não tinha lido um post com ideias estúpidas para não ter em viagem, esqueci do meu compromisso. Assim, cheguei em Guayquil no começo da madrugada, sem saber para onde ir e pedi para o taxista me levar para um hotel barato no centro.

O primeiro lugar custava como 15 dólares e não tinha Internet. Pertinho tinha um outro hotel mais barato, com Internet e que chama Hotel Ecuador. Poxa, como poderia dar errado? Imagina ficar nos EUA no Hotel States? Mas, definitivamente, não recomendo o Hotel Ecuador. Nem sequer passar na porta –traumatizei, mas, sim, a rua é horrível.

A única coisa boa do Hotel Ecuador, fora o nome, é que tinha internet no quarto, mas era impossível ficar lá dentro. Aliás, a parede era multicolorida, e não estou falando de decoração de mau gosto e, sim, de fungos.

Estava quente, muito quente, quentíssimo. Tinha um ventilador barulhento que ajudou a diminuir o calor e assim, consegui dormir porque estava em frangalhos, mas no outro dia não consegui ficar no quarto, fiquei paranoico com os fungos.

Só voltei para dormir, não sem antes tomar uma cerveja para ter coragem, antes de sair cedo para ir para o aeroporto perder meu voo para Galápagos. Em resumo, o hotel era tão ruim que, voo perdido, nem voltei para casa. Fiquei no aeroporto 24 horas. Lá, além de ter ar condicionado, não tinha fungos e tinha internet. Quem nunca dormiu no aeroporto?

5 malas típicos que você encontra em viagens

Para completar nosso relato de viagem, listamos alguns tipos bem comuns que encontramos durante o mochilão, e listamos os típicos rabugentos que encontramos no roteiro e você deve evitar!

Sem dúvida, viajar é super-legal e até as partes chatas se tornam engraçadas (depois da viagem). Eu e meus companheiros de estrada sempre damos risadas dos tipos malas e marcantes que encontramos por aí, enquanto eles, com certeza, riem da gente.

Vamos a uma listinha típica de gente rabugenta. Conheça típicos malas que sempre vejo em viagens (às vezes, olhando no espelho). Já conheceu alguém assim?

O phd em estrada

“Nada te ensina tanto quanto viajar. Viajando você aprende mais do que com livrozzzzzzzzzzzzzz…”.

Amigo, você pode aprender muito carpindo um terreno, na aula de matemática ou, juro, lendo um livro. Dizem que Newton descobriu a gravidade quando uma maçã caiu da árvore na sua cabeça. E ele nem estava viajando. Estava lendo.

O bactéria

É um clássico: ele suga sua cerveja, fuma mais do seu cigarro que você e dá em cima das suas amigas e de modo inconveniente e infrutífero. Amanhã ele vai tentar de novo. Normalmente, mistura um discurso de phd em estrada com o da importância de socializar as coisas. Alheias.

O negociador

Pechinchar é uma arte quando você está viajando; querer comprar cerveja gelada na praia pelo preço de custo é apenas mesquinharia. Está sol, está pesado, o gelo não chega fácil ali e ele tem que fazer uma grana na temporada. Conforme-se ou não beba.

O cheio de contatos

A proporção de pessoas que conhecem algum segredo do Lula em viagens cresce assustadoramente em relação ao mundo cotidiano. Não dá para contar nos dedos de uma mão as versões que conheci em viagens de como o ex-presidente perdeu o dedinho.

Parece que, em viagens, as pessoas não têm medo de dizer que o primo é espião da CIA. Ou mentir.

O rabugento

É todo melindrado. Quando tá de bom humor, vá lá. Mas quando dá os cinco minutos, fecha a cara e sai andando para escrever sobre malas de viagem. Uma dica para esse tipinho: conte até 10 ou faz como na ioga, respira florzinha e expira velinha. Pena que não funciona.

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