Descubra os melhores restaurantes e dicas para comer bem e barato em Paris, a capital francesa.
Comer em Paris pode ser barato. E nada de comer mal, já que a cidade é famosa pela gastronomia. A série Paris além do Óbvio tem ótimas dicas para quem busca restaurantes em Paris para comer sem gastar muito na capital francesa.
Assim, tem até refeição completa, decente e barata. E se comer muito, alugue uma bike em Paris para queimar calorias e fazer passeios pelos parques da cidade. As ciclovias são ótimas! E mais uma vez cai por terra a ladainha ouvida e repetida ad nauseam de que Paris é uma cidade cara.
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Restaurantes em Paris
Para começar, são tantas opções de restaurantes em Paris para comer barato que é difícil até tentar organizá-las. Mas vamos lá.
plat du jour
O tradicional PF francês atende pelo nome de plat du jour (prato do dia) e em Paris essa é a modalidade de almoço e jantar mais popular. Os restaurantes, brasseries e cafés costumam deixar as opções de plats du jour bem visíveis, em cartazes ou escritos em lousas.
Há uma variedade enorme de locais que oferecem pratos do dia por preços honestos, com entrada, prato principal e sobremesa. Ou então, em restaurantes asiáticos (geralmente os mais baratos) pode-se comer um plat du jour por bem menos do que você imagina.
Há diferentes variações do combo plat du jour. Há muitos que além da entrada, prato principal e sobremesa, ainda incluem uma bebida (taça de vinho, cerveja, refrigerante, café, etc.).
Dicas para comer bem e barato em Paris
Em seguida, uma outra dica é observar os pratos de outros clientes (lá quase todos os locais têm mesas externas) para ver se a comida lhe apetece. Mas cuidado, faça isso com discrição, pois os franceses são muito ciosos com o ato de se sentar à mesa e comer.
Por isso também, nunca (nunca mesmo!) peça para levar o que sobrou. Essa prática, normal no Brasil ou nos Estados Unidos, por exemplo, é simplesmente inaceitável na França.

Dá para comer bem e barato em muitos restaurantes em Paris,com o tradicional plat du jour.
A comida dever ser consumida no local em que você a pediu pois os franceses consideram o ato de almoçar (ou jantar) como uma experiência completa, que exige um local adequado e algumas regras de conduta. Por isso, separar a comida do local seria como mutilar o ritual – algo impensável para os franceses e pode ser até considerado como ofensa ao restaurante e ao chef.
Água é cortesia
Em qualquer lugar da França, a água é cortesia da casa. Se estiver comendo e não quiser gastar com bebida, peça sem constrangimento uma garrafa de água, isso é normal. Em muitos locais os garçons levam água para as mesas sem mesmo ninguém pedir.
E não estranhe se você estiver comendo e a pessoa da mesa ao lado acender um cigarro, a lei de não fumar em locais fechados simplesmente não funciona em Paris por questões culturais – todo mundo fuma. Assim, outro atrativo que todo lugar tem, desde as espeluncas esfumaçadas até os bistrôs mais moderninhos é o vinho da casa, sempre muitíssimo mais baratos que os demais.
Pode pedir sem hesitar, são vinhos franceses honestos e agradáveis.
Na maioria dos locais, eles não estão listados na carta de vinhos e, em alguns, casos não estão listados em nenhum lugar do cardápio, mas eles existem. Basta pedir um pichet du vin – há de três tamanhos, de 250 ml, 500 ml e 750 ml (o equivalente a uma garrafa), e geralmente três opções: rouge (tinto), blanc (branco) e rosé. Em alguns locais ainda há pichet de 1 litro.
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Queijos franceses baratinhos
E se você realmente quiser economizar, nada mais indicado do que fazer compras em supermercados. Paris é repleta de mercados pequenos e de porte médio.
Supermercados em Paris
Fazer sanduíches e comer nos parques é algo absolutamente normal para um europeu, eles fazem isso com frequência. Alguns até levam “quentinhas” para os parques – prática que no Brasil seria considerada grosseira ou “farofeira”. E não hesite em comprar e consumir bebidas alcoólicas nos parques e praças, pois esta é outra prática comum. Muitos franceses levam aos parques cestas de piquenique completas, com muita comida, talheres e até taças para seus vinhos.
E, para quem fica em apartamentos, há sempre a opção de comer em casa ao invés de ir em restaurantes em Paris. Sou suspeito para falar, pois adoro cozinhar e visitar feiras e mercados nos países que visito, sempre acho uma experiência enriquecedora. Os supermercados franceses deixam a desejar na parte de sabonetes, por exemplo, mas dão um show nas seções de produtos lácteos (queijos e iogurtes) e de bebidas (com muita variedade de cervejas e vinhos).
Aliás, os pães dos supermercados também merecem ser degustados, principalmente as baguetes tradition que são mais encorpadas e de casca mais grossa, bem diferente das baguetes normais, que possuem massa idêntica ao nosso pão francês.
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Comida congelada: coma em Paris como os parisienses
Dica local: Finalmente, a dica mais parisiense de todas ficou para o final, assim, se você for ficar em um apartamento ou em um albergue com cozinha, não deixe de entrar em alguma loja da Picard (há centenas em Paris).
A Picard é uma rede de comidas congeladas de alta qualidade, quase uma instituição francesa e uma necessidade parisiense – cidade com muitas pessoas que trabalham o dia todo e têm pouco tempo (ou pouca inspiração) para fazer um jantar decente.
Eles vendem de tudo um pouco: entradas, sobremesas, pratos completos, carnes, peixes, legumes, frutas, massas, comida japonesa, pratos típicos franceses, etc. E para quem viaja com crianças, não se preocupe, na Picard há uma imensa variedade de comidas para bebês.
Os congelados deles, além de muito bons, são baratíssimos. Por exemplo, uma pizza grande margherita tem um preço justo. Um penne com molho de presunto e queijo para duas pessoas baratinho. Um prato individual com peixe grelhado, arroz e legumes, ainda mais barato, e assim por diante.
Atenção ao modo de preparo pois na França é normal uma casa contar com fogão e microondas, mas sem forno. A maioria absoluta dos fogões é elétrica, tipo cooktop, por isso são independentes dos fornos – também elétricos. Alguns pratos congelados da Picard precisam ser aquecidos no forno, mas para saber isso basta olhar o desenho nas embalagens.
Restaurante mais antigo de Paris

Ernest Hemingway almoçava, fumava, bebia e até escrevia no Les Pré Aux Clercs, um dos restaurantes em Paris para turistar.
Restaurantes em Paris para universitários
Esses são para quem quer economizar, tem preguiça de cozinhar (ou esquentar as comidas da Picard) e ainda deseja ter uma experiência diferente na França. Os restaurantes universitários de Paris, conhecidos como CROUS (Centre Régional des Oeuvres Universitaires) oferecem refeições completas e baratas (entrada, prato principal e sobremesa) por menos do que você imagina.
A cidade possui 15 restaurantes e 25 cafeterias estudantis. E você não precisa ser estudante para frequentá-los, basta entrar, dar uma olhada geral para sacar como funcionam (cada um tem uma dinâmica específica, com filas pra bandejas, talheres, etc.) e imitar as demais pessoas.
Não se preocupe se você não fala francês, pois esses locais estão habituados a lidar com estudantes estrangeiros que só falam inglês ou espanhol. E a lista para saber onde ficam os restaurantes e cafeterias universitárias, você encontra aqui. Um aviso, não vá esperando encontrar alta gastronomia francesa ou mesmo muita fartura. São refeições universitárias dignas e baratas, assim como são os bandejões da USP ou da Unesp.
No site do CROUS nós descobrimos, por exemplo, um restaurante e cafeteria universitária (5 rue Mazet, em Saint Germain, metrôs Mabillon ou Saint Germain des Prés) que servia um brunch nos domingos, das 10h às 15h.
Em resumo, com algumas moedas foi possível tomar café, chá, comer croissant, pain de chocolat e beber suco. Por isso, antes de sair de manhã para os passeios, vale a pena dar uma conferida se há um restaurante universitário na região ou próximo de onde você for, pois eles certamente serão a opção mais barata da área toda.
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Por fim, para não errar no próximo carnaval, confira todo nosso conteúdo, com dicas de viagens, passeios, roteiros e hotéis. Assim, viaje com os relatos de quem realmente entende de turismo e esteve no local. Tire dúvidas, troque ideias e experiências.
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