Por Gustavo Villas Boas – Nordeste 40
Entre as idas e vindas do meu mochilão pelo Nordeste, resolvi ir de pau de arara de Barreirinhas, porta de entrada dos Lençóis Maranhenses, para Paulino Neves, uma pequena cidade do Maranhão que também faz parte da Rota das Emoções, um roteiro de viagens pelo Nordeste que fiz com apoio da Rastro Nordestino.
– Dicas de turismo em São Luís
Queria saber como era usar o transporte das pessoas da região em um duro percurso de cerca de 40 km que foi vencido em quase de três horas pela Toyota Bandeirante adaptada para transportar pessoas na carroceria –o pau, como chamavam. Para se ter uma ideia da dificuldade: em alguns trechos, dá para caminhar ao lado do carro.
Por R$ 20, vi uma coleção de paisagens impressionante –veja o mapa do roteiro acima. E a dura rotina de quem mora no Maranhão profundo.
Foi ótimo para valorizar ainda mais cada copo de água gelada que tomei no interior do Maranhão, do Piauí e do Ceará, cada vez que eu consegui conexão com a internet e valorizar, claro, todas as pessoas que vivem ali.
A vida é árdua, muito árdua, no meio da areia, do vento e do sol dessa região do Nordeste.
“Este caminho é osso”, disse um guia de turismo com quem conversei pouco antes de começar a viagem entre Barreirinhas e Paulino Neves, duas cidades no interior do Maranhão ladeadas pelos Lençóis Maranhenses e que fazem parte da Rota das Emoções.
Para provar que ele não estava errado, na hora de subir no pau-de-arara, minha bermuda rasgou.
Antes de sair de Barreirinhas, o pau de arara para aqui e ali para pegar pessoas, volumes, recados.
E no caminho também para: tive que descer para ajudar a desatolar o carro em um trecho de muita areia. Uma professora desceu em uma vila em que eu vi apenas quatro ou cinco casinhas. Em outra vila, o motorista parou para pegar alguma coisa.
Entre uma chacoalhada e outra (cuidado com a cabeça; cuidado ao tirar a mão do apoio.
Cuidado com a máquina fotográfica pendurada no pescoço, você vai bater tudo) vi, mais de uma vez, casinhas que, acredito, representam bem o Brasil de Lula e Sarney: do lado de fora das casas, uma de pau a pique, outra só no reboco, antenas parabólicas para alimentar a TV de tela plana que tinha do lado de dentro, dividindo a sala com uma moto. Na porta das casas, porquinhos pretos passeavam tranquilões como se fossem cachorros.
Eu recomendo muito essa trajeto para quem estiver na região dos Lençóis Maranhenses, mas ele não está entre as principais atrações da Rota das Emoções.
Quando você passa de carro beirando as dunas dos Lençóis, sem ser como turista, tudo vira outra coisa.
Dá até para lamentar por causa da areia, do vento, do calor, da dificuldade de tudo.
Eu fiz a viagem entre Barreirinhas e Paulino Neves em novembro, mês distante da época das chuvas nos Lençóis (o chamado inverno, entre janeiro e maio). Quando o caminho tem água, a coisa fica ainda mais chapante, todo mundo disse.
massa muito massa estou de saida pra fazer o mapeamento dos l~ençois para a pousada guajiru e sua postagem vai me ajuda nessa missão.
Legal, depois conta sua aventura aqui! abraços, Gustavo
Quanta mentira! A viagem de Barreirinhas a Paulino Neves é feita por rodovia asfaltada e dura pouco mais de 20 minutos. O que vc andou- se é que andou – foi em picapes 4×4 adaptadas para andar nas dunas e vencer as belíssimas lagoas que cercam o Parque Nacional dos Lençóis. Quanto às cabras no campo de futebol e os porquinhos passeando você queria o quê? Cavalos quarto-de-milha e Ferraris? Você estava no interior, cara.
Caro Regis,
Eu fui em uma Toyota Bandeirante em um percurso de 40 km que demorou cerca de 3 horas, como diz o texto.
Não sei se você sabe, mas pode ser que exista mais de um caminho entre dois pontos.
Sobre as cabras e os porquinhos, não queria nada diferente não. Apenas escrevi o que vi, qual o problema? Ah, já sei qual o problema: você é um troll da internet.