Por Sheila Moreira
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, o estado do Tocantins está na região Norte do país (não na Centro-Oeste) e tem atrativos para oferecer aos turistas e visitantes. Localizado a 300 quilômetros da capital Palmas, o Jalapão surpreende por sua rusticidade e beleza.
Visitar o Jalapão não é uma tarefa fácil e, por isso, é melhor contratar agências que oferecem pacotes com diferentes opções de passeio. Ir por conta própria também é uma alternativa, mas é preciso estar munido de um roteiro bem organizado, GPS (mas o sinal é perdido facilmente), mapas da região, um carro 4×4 (o chão arenoso facilita o atolamento) e muita disposição para se localizar em um lugar em que não há placas e nem pessoas na rua (a densidade demográfica de 1 habitante por km²).
Dica de guia no Jalapão
Devido à facilidade, eu e mais três amigos optamos pela visita guiada. Os preços oferecidos pelas empresas não são muito animadores, mas como tenho um amigo que mora em Palmas, ele me indicou a Belêco Turismo, que cobrou R$ 1.700 pelo carro com motorista (isso para quatro pessoas durante quatro dias). A agência é o Seu Belêco (muito gente boa) e é possível acertar tudo com ele por telefone ou email.
O roteiro foi feito todo dentro do Parque Estadual do Jalapão, uma unidade de conservação ambiental no cerrado brasileiro. Era dezembro e estava bem quente, mas caía uma chuvinha todos os dias à tarde (que não atrapalhou em nada o rolê).
Chegando a Ponte Alta do Tocantins, cidade de onde partem os tours, é só perguntar por ele que qualquer morador ensinará o caminho de seu bar/restaurante. As pousadas também foram reservadas pelo Belêco: em Ponta Alta ficamos na Águas do Jalapão e em Mateiros na Panela de Ferro.
Roteiro de viagem pelo Jalapão
Nosso roteiro foi dividido em quatro dias.
No primeiro dia partimos de Ponte Alta com o nosso guia Adail e conhecemos o Morro da Pedra Furada, a Cachoeira do Soninho, o Rio Soninho (onde dá pra “banhar”, como dizem no Tocantins) e a Cachoeira da Fumaça.
No dia seguinte, partimos na direção de Mateiros e visitamos o Cânion de Sussuapara, a Cachoeira do Lajeado (incrível), o Rio Formiga, o Rio Novo e finalmente as incríveis dunas alaranjadas, onde era como se estivéssemos em um deserto.
Neste dia, não havia nenhum lugar pra comer durante o trajeto, por isso guloseimas eram muito bem vindas (fique a vontade para levar comidinhas e bebidas no carro). Como cortesia e para enganar o estômago, o Belêco preparou uma paçoca de carne de sol pilada com farinha de mandioca que é sucesso.
No terceiro e penúltimo dia visitamos dois fervedouros: Buritis e da Glória. Os fervedouros são poços de águas cristalinas formados por nascentes. Nada afunda ali (a densidade da mistura de água com areia impede que qualquer corpo afunde). Na época, a entrada dos fervedouros era R$ 5,00 para 15 minutos de diversão, recomendo!
De lá passamos em Mumbuca, comunidade que sobrevive de artesanatos de capim dourado, e fomos conhecer as esverdeadas águas da Cachoeira da Formiga.
A tarefa do último dia era acordar às 4h30 da madrugada para subir a Serra do Espiríto Santo e ver o nascer do sol. Acordamos cedo, mas amanheceu muito rápido e quando o sol nasceu ainda estávamos na metade do morro. Foi bem cansativo, mas valeu a pena olhar o Jalapão de cima.
Os próximos destinos foram a gigante Cachoeira da Velha e a Prainha, onde desistimos de brigar com os pernilongos e, além disso, já era hora de retornar para Ponte Alta do Tocantins.
Apesar de ainda pouco visitado, o Jalapão é incrível. A beleza e impressiona. Vale separar uma semana de férias para conhecer esse inexplorado pedaço do Tocantins.
Dicas: esqueça sinal de internet ou celular (muito ruins) e experimente a “jantinha” (espeto, vinagrete, arroz e feijão tropeiro). Apesar do nome, o prato é oferecido a qualquer hora em restaurantes e bares e, além disso, custa barato e satisfaz.
VAMOS VISITAR O JALAPÃO
Lindinhooooooo de mais, que louvor para Jeova.
Maravilhoso!!!!!!
Agradecemos os comentários! O Jalapão precisa ser descoberto pelos brasileiros! É lindo!
Oi! Estou muito interessada em fazer essa viagem, mas gostaria de saber sobre valores e melhores épocas para ir.