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Bangkok, na Ásia e meu mochilão pela Tailândia

Sonha fazer um mochilão pela Ásia, conhecer Bangkok, na Tailândia, a cidade repleta de shopping center, hotel e love stories?

Quer conhecer o sudeste asiático e as praias da Tailândia? Então, confira o relato de uma viagem bem barata com dicas para quem pretende se aventurar em um mochilão na Tailândia como eu fiz!

De repente… Ásia! Foi assim que o meu mochilão saia do papel e virava realidade. Assim, o primeiro passo foi dado na concretização de um sonho, que era viajar de mochila pela Ásia! Conhecer a Tailândia, o Camboja, e o Vietnam ao longo de três meses. Uma mulher viajando sozinha no mundo!

Mulheres viajantes

Mochila nas costas, passaporte na mala de viagem, coração na boca e sorriso no rosto. Pronta para encarar minha viagem a Ásia, pronta para todas as aventuras que eu havia sonhado e idealizado tantas vezes enquanto planejava o itinerário da viagem. Beijo no marido e lá fui eu, rumo a Tailândia.

De Praga, na República Tcheca, fiz conexão em Zurique, na Suíça. Cheguei a pensar que estava no avião errado. Onde estavam os hippies de rasta no cabelo? O povo quase corcunda com cara de sofrimento e mochila pesada? Olhei ao redor e tirando uns cinco tailandeses, o resto dos passageiros eram todos de meia idade. Sim, velhinhos e suas senhorinhas. E eu me perguntando que raios eles iriam fazer em Bangkok.

Descobri que eu era a única largada, de tênis vermelho respingado de tinta amarela, blusa verde, sem um pingo de maquiagem na cara de zumbi morrendo de sono. O voo foi tranquilo, porém cansativo, ainda mais com a diferença de seis horas a frente da República Tcheca, de onde sai. Percebi que toda a calma que eu vinha demonstrando até então era puro fingimento.

Logo, senti meu coração bater acelerado, mais parecia bateria de escola de samba em dia de desfile. Sinceramente eu estava com muito medo da imigração em Bangkok. Estava com medo de sacar dinheiro no caixa automático e ter meu cartão de crédito bloqueado. Fora isso, ainda sentia um certo medo de pegar um táxi no aeroporto e me cobrarem uma fortuna. Ou ainda, cair numa das tantas armadilhas e esquemas que havia lido em fóruns e sites de viagens. Era muito medo, mas deu tudo certo.

O que fazer em Bangkok – Tailândia

Aterrissamos em Bangkok as 5h30, e os termômetros já marcavam 27ºC. E eu que havia saído de uma temperatura de 5ºC negativos!

Como diz o filósofo Michel de Montaigne, “Costumo responder, normalmente, a quem me pergunta a razão das minhas viagens: que sei muito bem daquilo que fujo, e não aquilo que procuro”

Sei muito bem daquilo que fujo, e não aquilo que procuro

Pelo visto peguei a fila da imigração mais devagar e a tailandesa mais detalhista para observar passaporte, e quando chega a minha vez a danada me manda voltar e passar antes no controle de vacinação, para o médico carimbar minha carteirinha onde constava minha vacina contra a febre amarela, pois estava entrando no país com o passaporte brasileiro.

Corro, volto, final da fila. Fila diferente. Mas devagar igual. Mais meia hora. Saquei o dinheiro, entrei no táxi com cara de quem “bate cartão” na Tailândia e disse: “- Meter, Khao San Road”. Só eu mesma acreditando que era malandra!

No trajeto de táxi entre o aeroporto e o hotel em Bangkok, tive a sensação de  transitar pela Marginal Pinheiros, em São Paulo. Um trânsito infernal logo cedo, com barulho de buzina, ar abafado e por todos os lados, diversos tuk-tuk (moto-taxi com três rodas) cortando entre os carros.

Hotel em Bangkok – Shambara

Cheguei no hotel em Bangkok e o check-in só seria possível as 13h, e eu implorando por um banho gelado e uma cama onde eu pudesse esticar meu corpo moído e dormir pelas próximas três horas. Doce ilusão. Quis matar dois, depois quis me afogar no laguinho de carpas. Meio que no automático, exibindo uma cara de zumbi da meia noite, sai pela redondeza para tentar tapear o sono.

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O que fazer em Bangkok: Os templos na Tailândia.

Mas depois de meia hora resolvi voltar, estava de calça jeans, um sono terrível, um calor infernal em Bangkok… Me restou o banco da recepção, onde com dó de mim a recepcionista boazinha me deu uma almofada e lá fiquei, derretendo, estapeando mosquito, até que 11h30 alguém realmente se apiedou de mim e me deixaram entrar no quarto.

“Quem se vence a si mesmo é um herói maior do que aquele que enfrenta mil batalhas contra milhares de inimigos”

Depois de descansada, meu estômago começou a implorar por comida. Sai para caminhar pelas ruas de Bangkok e no meio do caminho achei um lugar para fazer massagem tailandesa, aquela nos pés com peixinhos.

Sim, um aquário grande, cheio de peixinhos famintos, onde você coloca seu pezinho cansado e eles comem a pele morta dos pés. Muito estranho, bizarro, mas é um tipo de massagem tailandesa. Por fim, achei um quiosque de comida de rua que parecia honesto e comi um macarrão divino, Pha Thai, sentada na guia e vendo o povo passar pelas ruas de Bangkok.

Cidade medieval na República Tcheca

O que fazer em Bangkok

A cidade de Bangkok foi o início de minha viagem pelo sudeste Asiático, o início da concretização de um sonho antigo, que era fazer um mochilão sozinha pela Ásia. O que dizer sobre Bangkok? Em uma palavra, assim sem pensar muito, eu diria ‘quente’. Muito quente. Abafada.

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O que fazer em Bangkok – Tailândia: templos e paisagens únicas.

À noite, já no hotel em Bangkok, fiquei com receio de dormir com o ventilador ligado e acordar gripada ou com dor de garganta. Então, acabei me contentando apenas com a janela aberta, sem esquecer de baixar a tela contra mosquitos.

Dormi o sono dos justos, e 6h30 já estava acordada e disposta, pronta para caminhar pelas ruas de Bangkok até cair! Tomei o Nescafé aguado com uma fatia de pão de forma que o albergue oferecia como ‘cortesia’ no café da manhã e, munida de um mapa, câmera fotográfica, protetor solar e garrafa de água, saí para explorar os pontos turísticos de Bangkok.

Templos budistas em Bangkok

Visitei cinco templos ao longo do dia, sempre tendo que cobrir os ombros para visita-los. Vale lembrar que mulheres, caso estejam de saia, a mesma deve ser abaixo do joelho.

Dica local: uma forma fácil é levar sempre um lenço de cabelo a tiracolo.

Wat Chana Songkhram e o Buda

Um dos templos, Wat Chana Songkhram, me fez chorar copiosamente. Foi olhar para o Buda para as lágrimas começarem a cair.

Nunca fui de me importar muito com imagens de santos, sejam eles da religião que forem, mas existe uma magia no ar, que nos dá uma sensação de leveza e bem estar inexplicáveis. Rezei uma prece ao meu modo, mas mais precisamente agradeci por poder estar ali.

A maioria dos templos em Bangkok são ornamentados em dourado, tudo tão lindo, ostentando tanta beleza e riqueza, num contraste com a pobreza que se vê ao redor.

Wat Phra Kaeo, Grand Palace, Wat Pho, e Wat Arun

Também visitei os templos Wat Phra Kaeo, Grand Palace, Wat Pho, e Wat Arun, do outro lado do rio.

Na minha humildade opinião, achei as ruas de Bangkok barulhentas e caóticas. Como a grande maioria das grandes metrópoles. A poluição é tamanha que não era nem meio-dia e meu rosto, pés e embaixo das unhas já estavam pretos de tanta fuligem. Mas incrivelmente as tailandesas não parecem se incomodar nem com o trânsito e nem com a poluição de Bangkok.

Não sei como conseguem, mas a grande maioria parece sempre impecável, sem uma gota de suor escorrendo pela testa, e com um suave cheirinho de talco! Resolvi não me importar, e tentar derreter sem reclamar! À moda tailandesa!

A vida na Tailândia

Gosto muito de observar as pessoas quando viajo. Ao menos em Bangkok, os tailandeses levam uma vida difícil, ou ao menos muito fora do convencional do que a maioria dos europeus, e também dos brasileiros.

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Templo na Tailândia

Empurram seus carrinhos ambulantes de fruta ou comida sob um sol que castiga, e sempre com um sorriso no rosto. Falam rápido, e sequer parecem se incomodar com as centenas de turistas folgados que param no meio do caminho para tirar fotos. Levam uma vida simples, árdua, mas acredito que não se possa dizer sofrida.

Já a grande maioria dos turistas são absurdamente abusados. Deveria existir uma cartilha de bons costumes para turistas, sejam eles de onde forem. Muitos chineses visitam a Tailândia, e não vi um que não tivesse uma câmera fotográfica a tiracolo, e que não parasse no meio do caminho para mais uma foto a cada dois passos dados.

O cheiro às vezes incomoda mesmo, e às vezes não dava muita vontade de comer em qualquer canto. Tem cada coisa diferente (para não dizer estranha!), e a aparência não é das mais higiênicas.

No entanto, em Bangkok, as frutas são ótimas, uma mais saborosa do que a outra! E na maioria dos lugares, elas vêm dentro de um saquinho com uma mistura de sal, açúcar e pimenta. Soa estranho, mas eu me apaixonei!

Massagem Tailandesa

A noite fui fazer massagem nos meus pezinhos cansados. A massagem tailandesa é o paraíso na Terra. Dói bastante, mas os pés calejados logo acostumam.

Existem poucas coisas mais relaxantes depois de um dia visitando templos do que uma bela massagem tailandesa. No fim do dia, voltei para o hotel em Bangkok comendo uma goiaba branca quase do tamanho de um abacate, caí na cama e mais uma vez dormi o sono dos justos, exausta, mas feliz como nunca!

— Cruzando a fronteira entre a Tailândia e o Camboja 

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