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Ares de interior a menos de 200 km da capital | foto: Sergio Luiz Jorge

Mogi das Cruzes, SP – roteiro pelo interior paulista

Para quem quiser conhecer a cidade de Mogi das Cruzes, fazer o City Tour pode ser bem legal, para isso deve procurar o Centro de Informações Turísticas (CIT), nas Praça Oswaldo Cruz e contratar os serviços de um guia de turismo ou empresa de receptivo.

Para começar, o tour é feito em micro ônibus executivo com ar-condicionado e guia de turismo e parte da estação de trem, no centro de Mogi, em direção aos bairros mogianos de Biritiba Ussu, Braz Cubas, Cocuera, Quatinga, Centro Histórico, Itapeti, Jundiapeba, Sabaúna e Taiaçupeba.

Rua Barão de Paranapiacaba (SP)

Orquidário em Mogi

Não cheguei a ir no Orquidário Oriental de Mogi das Cruzes, localizado na Estrada do Taboão de Paretei. É reconhecido pela variedade e beleza das orquídeas. Aliás, a cidade de Mogi das Cruzes é um importante produtor de flores e frutas.

Um outro orquidário em Mogi das Cruzes é o Paraíso das Micro Orquídeas, com orquídeas, pássaros e animais em bosque natural também com árvores frutíferas nativas na Rodovia Prof. Alfredo Rolim de Moura (Sentido Biritiba Mirim / Salesópolis).

Casarão do Chá – Mogi das Cruzes

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Restauração demorou 17 anos | foto: MV

A mansão é um patrimônio arquitetônico e cultural da Imigração Japonesa na região. Construído em 1942 na região de Cocuera – Mogi das Cruzes, pelo arquiteto-carpinteiro Kazuo Hanaoka.

Muitos imigrantes japoneses chegaram à região de Mogi das Cruzes nas décadas de 1920 e 1930 em busca de terras férteis do interior paulista para o cultivo de verduras e frutas. Os imigrantes ganhavam pouco nas fazendas cafeeiras e buscavam também uma independência financeira.

Uma das culturas na década 40 eram as plantações de chá, pois o Brasil exportava chá preto para o Reino Unido com o início da Segunda Grande Guerra (1939) que interrompeu o comércio de chá da Índia para a Inglaterra.

Depois do fim da Segunda Grande Guerra (1945), o mercado europeu se fechou para os produtos brasileiros e isto prejudicou o Casarão e as exportações de chá.

Contudo o que ficou foi a arte do arquiteto-carpinteiro Kazuo Hanaoka, o construtor do Casarão do Chá. Degradado com o tempo, a Associação Casarão do Chá trabalhou em sua restauração durante 17 anos, a fim de transformar o local em Espaço Cultural. O qual será reinaugurado dia 1º de junho de 2014.

O espaço terá informações sobre o cultivo das ervas, degustação e lojinha de produtos, além de feira de artesanato do lado externo.

Para quem gosta de cerâmicas, vale conhecer a casa de Cerâmica Nakatani. Lá você encontra bules, pratos, xícaras e muitos outros utensílios.

Leia também: O que fazer em Paranapiacaba, uma vila em estilo inglês no alto da Serra do Mar

Pico do Urubu – Serra de Itapeti

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Voo livre de parapente no Pico do Urubu, na Serra de Itapeti. | Foto: Wikipédia

Um dos pontos turísticos da cidade é o Pico do Urubu, na Serra Itapeti. O lugar é conhecido por ser ótimo ponto para a prática de voo livre, além de visual exuberante da paisagem com morros, planícies e campos do interior.

A trilha pode ser feita a partir da estação de Mogi das Cruzes. São aproximadamente 8 km seguindo do pico de onde quem gosta de esportes mais radicais fazem voo livre de parapente.

Sítio da Roça

sitios fazenda interior de sp

A propriedade é grande produtora de hortaliças. O senhor Tanaka, dono da propriedade emprega cerca de 120 pessoas. Tivemos a oportunidade de comer a alface colhida do pé. Uma mini alface parece ser o xodó do agricultor.

Aliás, se você é de São Paulo, provavelmente já viu as verduras do Sítio da Roça no supermercado. As mini alfaces são vendidas para restaurantes famosos em São Paulo como o Fasano e D.O.M do Alex Atala.

Enquanto o pé de alface comum tem cerca de 50 folhas e você não consegue comer inteiro, o mini alface chega a ter 120 folhas e você conseguiria comê-lo inteirinho. Para conhecer a fazenda é preciso agendar previamente com alguma agência de turismo para grupos de crianças, terceira idade e turistas em geral.

No entanto, não chegamos a conhecer por falta de tempo, mas quando excursão de crianças que viajam para conhecer a propriedade, seguem das plantações até o leito do Rio Tietê.

Fazenda Hoçoya

fruticultura mogi das cruzesOs produtores frutíferos da fazenda Hoçoya estão entre os melhores na produção de caqui fuyu, rama-forte, kioto e guionho. Experimentei e comprei o fuyu e realmente a fruta é saborosa.

No passeio fizemos a degustação de caqui e é possível levar para casa. Comprei uma geléia de nêspera e um sorvete de cambuci. O sabor é diferente e gostoso! Fiquei com vontade de experimentar o de yogurt com limão.

A propriedade rural ainda é grande produtora de atemóia (parecida com a pinha, porém com muito mais fruto e menos sementes), nêspera, lichia, pitaya e pêra. Assim, para o viajante é bom ter este contato com o turismo rural, aprendi por exemplo ao podar uma árvore você estressa a planta, que se sente ameaçada e produz mais do que o que seria natural.

Por fim, um outra curiosidade é que no Japão existem pés de caqui com mais de 300 anos. É preciso um agricultor com bastante meticulosidade para fazer uma árvore com mais de 10 anos dar bons frutos, pois com o tempo a fruta vai perdendo qualidade e sabor.

Andar de bicicleta

O destino perto de São Paulo tem um Circuito de Aventura para o Cicloturismo para os viajantes que levam a bicicleta no trem e aventuram-se de Mountain Bike.

Em Mogi das Cruzes há alguns roteiros e trilhas para quem gosta de pedalar. Você poderá escolher e fazer o seu próprio circuito.

  1. Circuito rural – visitando orquidários, fruticulturas e hortaliças;
  2. Circuito religioso – visitando as igrejas do Carmo, São Benedito, Matriz e a Mesquita Islâmica com bicicletário;
  3. Circuito cultural – com os museus Guiomar com bicicletário, Expedicionários, Divino Espírito Santo, Casarão do Carmo, Casa da Banda Santa Cecília, Ciarte e Theatro Vasques com bicicletário
  4. Circuito ecológico – visitando o Pico do Urubu no Parque Municipal, Parque Centenário com bicicletário e a Ilha de Marabá.

Dica local:

Para começar, leve uma bicicleta para estrada de terra, em perfeitas condições de funcionamento. Revise a bike antes da viagem para evitar transtornos e possíveis acidentes. Além disso, leve também um lanche como barras de cereais, frutas frescas e desidratadas, doces como pé-de-moleque ou biscoitos.

Por fim, tenha também sempre a seu dispor uma garrafinha de água, além dos itens de segurança como capacete e luvas. E, claro, uma outra dica para quem pratica bike é sempre ter uma maleta com ferramentas mínimas para a manutenção da bicicleta e um kit de primeiros socorros é sempre importante.

Festa do Divino – Mogi das Cruzes

Dia 29 de maio comemora-se a Festa do Divino, importante data do turismo religioso de Mogi das Cruzes, uma festa de destaque no calendário de eventos de Mogi.

A Festa do Divido de Mogi das Cruzes é a maior do Brasil. Tem início no dia 29 de maio e segue até o dia 8 de Junho. A festa religiosa mantém as tradições vivas com a entrado dos palmitos, a alvorada, folguedos, quermesse, folia do divino, muitas peregrinações e orações.

Para mais informações acesse o site oficial.

Onde ficar em Mogi das Cruzes?

A cidade tem uma razoável quantidade de hotéis. Recém inaugurado, o Ibis em Mogi das Cruzes para ser uma boa opção. Há também o Hotel Mercure e o Hotel Marbor.

Já para quem quiser infraestrutura de um resort, poderá ficar hospedado no Paradise Golf & Lake – Resort barato a menos de 100 km de São Paulo.  Sem dúvida, é um belo de um resort, um dos mais próximos da capital e o mais perto do ABC.

Além de campo de golf, piscinas e muita área verde, o hotel é bacana para casais que viajam com crianças, pois o local conta com monitores, sala de jogos, brinquedoteca e um quarto todo decorado de personagens infantis com reservas disputadas.

Fiz o passeio com o apoio da Prefeitura de Mogi das CruzesAssociação Brasileiro de Agentes de Viagens, Expresso Turístico da CPTM e Assimptur.

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